Os Estados Unidos começarão o processo de retirada do Tratado para a Eliminação de Mísseis de Alcance Intermediário e de Menor Alcance, se a Rússia não começar a cumpri-lo. Esse processo está programado para começar em 2 de fevereiro.
A data não foi escolhida aleatoriamente. Neste dia, o ultimato expira, que o secretário de Estado Mike Pompeo anunciou à liderança da Rússia.
Segundo a vice-secretária de Estado Andrea Thompson, a Rússia não provou que está cumprindo o INF. E, como se sabe, a reunião, que ocorreu em 15 de janeiro em Genebra, foi descrita pelo representante dos EUA como decepcionante: as negociações não trouxeram um grande avanço.
Lembre-se, em 15 de janeiro, após as negociações em Genebra, o vice-ministro das Relações Exteriores, Sergei Ryabkov, disse que a Rússia está pronta para um diálogo aberto com os Estados. Mas apenas sem ultimatos e demandas, mas com base na igualdade e respeito mútuo. Além disso, os próprios Estados devem provar que estão em conformidade com o INF.
De acordo com Ryabkov, os chamados mísseis alvo americanos não são muito diferentes dos complexos proibidos de curto e médio alcance.
“E os lançadores universais Mk41 implantados na Europa podem ser usados tanto para o lançamento de mísseis interceptadores de defesa antimísseis quanto para mísseis de cruzeiro de ataque, que também são proibidos pelo Tratado INF”, destacou o Vice-Ministro das Relações Exteriores da Rússia.
Deve-se notar que o acordo sobre mísseis de alcance médio e de alcance mais curto proíbe o desenvolvimento, a produção e o armazenamento de mísseis de ataque terrestres com uma faixa de 500 a 5.500 quilômetros. Uma vez que eles podem violar o princípio básico de dissuasão nuclear mútua - um ataque retaliatório garantido.