Mídia de massa: Rússia está por trás de "ataques acústicos" contra diplomatas americanos

Agências de inteligência dos EUA têm evidências do envolvimento da Rússia em "ataques acústicos" contra missões diplomáticas dos EUA na China e em Cuba. Isto é relatado por jornalistas na NBC. Informações supostamente recebidas de várias fontes ao mesmo tempo, ao mesmo tempo, o FBI se recusou a comentar sobre esta mensagem.

Jornalistas da NBC dizem que o envolvimento nessas ações hostis é confirmado por interceptações de conversas telefônicas, embora as evidências ainda não sejam exaustivas, e a investigação continua.

Se a informação for confirmada oficialmente, a Rússia receberá outro caso de Skripale, e agora os americanos serão a parte lesada.

"Ataques acústicos": onde e como foi

Estranhos ataques "sonoros" contra diplomatas americanos - uma história que começou há vários anos. Em novembro de 2016, funcionários da embaixada dos EUA em Cuba começaram a reclamar das "ondas sonoras" desconhecidas que apareciam à noite e causavam náuseas, perda auditiva parcial, dores de cabeça intensas. Segundo as vítimas, o som lembrava o zumbido de insetos ou a moagem de objetos de metal.

O impacto foi enorme: em Havana, 16 diplomatas reclamaram de sintomas semelhantes, vários deles tiveram que ser evacuados para sua terra natal. Os sinais observados nas vítimas foram muito semelhantes aos que ocorrem durante a concussão.

Os ataques de som continuaram até a primavera do ano que vem, os americanos não conseguiram determinar sua fonte. As autoridades cubanas permitiram que agentes do FBI e da polícia canadense entrassem no território para investigar, mas isso não trouxe resultados. As instalações nas quais os diplomatas afetados viviam foram cuidadosamente revistadas, mas não conseguiram encontrar a fonte dos ruídos misteriosos. Como resultado, o Departamento de Estado teve que reduzir significativamente o número de funcionários na missão diplomática cubana.

Um caso semelhante ocorreu em maio deste ano no outro lado do planeta - em Guangzhou, China. Vários diplomatas americanos sofreram com a exposição a ondas sonoras incompreensíveis. Além disso, os indicadores médicos repetiam quase completamente o quadro observado em Havana. Para determinar a fonte de radiação, neste caso, não funcionou.

Departamento de Estado disse que sua palavra de peso

Naturalmente, esta história misteriosa quase imediatamente caiu no foco de atenção dos jornalistas. Portanto, as notícias sobre a participação da Rússia nesses ataques foram muito altas.

Ontem houve uma declaração oficial sobre isso. A porta-voz do Departamento de Estado, Heather Neuert, informou que a investigação sobre "ataques acústicos" está em andamento e que não há atualmente "pessoa ou grupo de pessoas que seria considerado responsável" por essas ações hostis. Comentando as informações do canal da NBC, ela acrescentou: "Gostaria de pedir a todos que sejam muito céticos sobre as declarações desses funcionários." O Federal Bureau of Investigation se recusou a comentar informações de jornalistas. Sobre isso relata Reuters.

O que foi isso?

Especialistas acreditam que os diplomatas americanos foram expostos às chamadas armas acústicas. Sua ação não é letal e visa desabilitar e neutralizar o inimigo.

O trabalho de tais armas é baseado no princípio da radiação de ondas sonoras e infra-sônicas de certa frequência. Dispositivos semelhantes já existem. Por exemplo, em 2000, a empresa americana American Technology Corporation introduziu o LRAD (Long Range Acoustic Device). Foi projetado para uso pelos militares e pela polícia. O som de uma certa frequência pode ser transmitido a centenas de metros, deprimindo o efeito no sistema nervoso humano. Em 2005, o LRAD foi usado com sucesso contra piratas somalis.